Orientação Profissional: uma metodologia que se aplica a adolescentes, adultos e no processo de pós-aposentadoria

Um Senhor Estagiário

Fonte: Filme “Um Senhor Estagiário”

Quando falamos em Orientação Profissional, podem surgir dúvidas, pois muitas pessoas não conhecem sua amplitude em termos de atuação.

Na sociedade em que vivemos, dedicamos boa parte de nossas vidas ao exercício de alguma atividade profissional que nos traga recompensa em termos de realização pessoal / financeira.

O primeiro contato que pais e educadores têm com a questão profissional se apresenta normalmente quando da escolha do curso superior que o adolescente deverá realizar. Até recentemente se falava em Orientação Vocacional, pensando especificamente na identificação da “vocação” a ser seguida. Hoje o foco se concentra na identificação do perfil, habilidades, interesses, motivação, compreensão das amplitudes das profissões e mercado de trabalho.

Surgem então dúvidas relativas a qual curso escolher, universidade, campo profissional, mercado de trabalho, atividades futuras e perspectivas que esta carreira oferece. Nem sempre os pais tem condições de responder a estas indagações ou a escola de dar o suporte necessário para a decisão.

Ultrapassada esta fase, o segundo momento de escolha em termos de carreira se apresenta na conclusão do curso superior, na busca de sua primeira oportunidade profissional. Frequentemente, o estudante não tem clareza das áreas onde poderá exercer sua almejada profissão, não sabe elaborar um currículo, nem como ingressar no mercado de trabalho. Se depara então com questões sobre o que é um processo seletivo, quais suas etapas, que tipo de postura adotar, etc.

Em um terceiro momento, o já então profissional começa a ter contato com uma nova realidade, onde deverá gerenciar sua carreira, determinando onde quer chegar, como se preparar para atingir o objetivo, identificar seus gaps e adotar medidas para superá-los.

Teoricamente parece fácil, mas na prática a maior parte dos profissionais não tem clareza sobre o seu próprio perfil e os caminhos que podem percorrer para conseguir realizar seu propósito. Muitas vezes, não tem consciência que esse é um processo que deverá acontecer durante todo o seu ciclo profissional e não apenas nos momentos em que está insatisfeito ou na busca de uma nova oportunidade profissional.

No passado, a aposentadoria significava “calçar o chinelo”. Hoje, também o aposentado quer continuar a ter uma vida útil, buscando então uma nova possibilidade para continuar com uma vida ativa profissional.

Em qualquer uma dessas situações estamos falando de assuntos pertinentes a Orientação Profissional, indo desde a escolha de área e carreira no vestibular, a inserção no mercado de trabalho na conclusão do curso superior, no gerenciamento da carreira através da empregabilidade ou na redefinição de caminhos durante a trajetória ou pós-aposentadoria.

As incertezas que surgem nestes momentos são naturais. A Orientação Profissional visa dar este suporte no processo de forma a apoiar o indivíduo na análise das possibilidades, das alternativas que dispõe e no estabelecimento de planos de ação para sua realização.

 

Você é feliz naquilo que faz?

 

Foto Entrevista Separada & Dividida

Tive a oportunidade de participar de programa on line no Facebook com a Jornalista Clélia Gorski e estou compartilhando esta experiência com vocês. Espero que os assuntos abordados sejam proveitosos e estou à disposição para qualquer dúvida.

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Quando buscar um Especialista em Carreira?

Quando buscar um especialista em carreira 1Durante nossa vida enfrentamos uma série de questionamentos e dificuldades e nem sempre encontramos o suporte de um mentor para nos apoiar. E aí, começam as dúvidas: como atingir uma meta específica, como lidar com uma situação, como se preparar para enfrentar um desafio / nova etapa ou mudar o rumo?

Isto se aplica também a nossa carreira. Quem não se pegou, em algum momento, com uma dessas dúvidas.

  • Irei prestar vestibular e não sei qual curso escolher.
  • O que devo cursar: pós-graduação, MBA, mestrado ou doutorado?
  • Estou desempregado, não sei elaborar um currículo atrativo e nem como divulga-lo.
  • Sou recém-formado, como defino a área de atuação e como buscar oportunidades.
  • Quero mudar de emprego, o networking é importante, mas não sei como fazer.
  • Quais empresas / segmentos poderiam ter interesse por minhas qualificações?
  • Não tenho bom desempenho em entrevistas e processos seletivos.
  • Não sei qual rumo dar para minha carreira.
  • Como me preparo para assumir outros cargos?
  • Não estou satisfeito com a área em que atuo.
  • Quero estudar / trabalhar no exterior, como buscar oportunidades?
  • Carreira corporativa, trabalho autônomo ou empreendedorismo?
  • Como superar deficiências ou dificuldades para o exercício de um cargo?
  • Tenho um objetivo definido, mas não sei como alcança-lo.
  • Estou tendo dificuldades de relacionamento com meu chefe ou colegas.

Muitas questões! Quando estamos doentes buscamos um Médico. O mesmo raciocínio se aplica quando temos que resolver problemas na esfera profissional. Se você se identificou com alguma dessas situações, você também deve buscar um especialista. Ele trabalhará a forma como lidar com as mesmas e os caminhos a serem percorridos.

O trabalho do Consultor de Carreira se baseia na análise do perfil, realizações, aspirações e levantamento de potencialidades. Ele utiliza técnicas que você já deve ter ouvido falar como Avaliação de Potencial / Perfil, Aconselhamento e/ou Coaching. Seu papel não é tomar decisões. Afinal esta é a sua vida. Ele fará o fio condutor para avaliar possibilidades, analisar vantagens e desvantagens, dando subsídios para a definição do caminho.

Poxa, aí vem outra questão, como identificar alguém que irá me apoiar em decisões que irão impactar a minha carreira?

Lembre-se, a experiência na condução desse tipo de processo, conhecimento do mercado de trabalho e principalmente a sensibilidade para perceber suas necessidades são fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho.

O Consultor de Carreira é um especialista que adquiriu conhecimento sobre o mercado de trabalho e tem competência para analisar carreiras. É um profissional que desenvolveu sensibilidade para ouvir, sem julgar, a pessoa que está orientando e ajudá-la a analisar e se posicionar frente a sua história de vida e carreira.

Se você se interessou pelo assunto, vá em frente e consulte quem trabalha na área.

 

A importância de ser feliz naquilo que faz

A importância de ser feliz no que fazA dissociação de vida pessoal e profissional a cada dia faz menos sentido. No cotidiano percebemos a busca por uma vida onde possamos nos sentir bem em qualquer uma de suas esferas. Se o trabalho, por um lado, é fonte de renda para a grande maioria da população, exercer uma atividade fazendo algo que gosta ou acredita é uma porta de acesso para ter prazer com esta atividade.

Quando gostamos de algo nos dedicamos e a procrastinação deixa de ter sentido. Por vezes, a atividade em si por si só não é atraente, mas o resultado que irá se obter sim. Isto é perceptível ao realizarmos trabalhos voluntários. A motivação reside em acharmos um propósito naquilo que estamos fazendo.

Muitos profissionais reclamam de seu papel na empresa pois não se sentem reconhecidos. Quando esta situação se apresenta podemos nos desmotivar, reclamar ou tentar mudá-la. A análise das alternativas possíveis é o primeiro passo e não leva necessariamente a mudança de emprego para resolver o problema.

Em um momento, em que o país clama por mudanças, independente de qual seja sua orientação política, o que estou falando se materializa. Quando estamos insatisfeitos buscamos alternativas. Podemos não gostar do cenário, mas esta consciência pode gerar uma decisão que nos leva a outras possibilidades.

Em termos profissionais isso pode se exteriorizar através de assumir novas atividades em sua função atual, ingressar em um novo projeto, iniciar um curso que agregue valor e abra novas possibilidades, se tornar empreendedor em um novo ramo de negócios, comprar uma franquia, desenvolver um projeto em paralelo de forma a construir uma nova opção, etc.

Muitas pessoas têm uma atividade principal e uma secundária, sendo que para elas a mais significativa em termos de satisfação é a segunda. Todos nós já ouvimos falar de indivíduos formados em uma área, com carreira constituída e que em um determinado momento optam por outro caminho. No mundo das celebridades exemplos não faltam neste sentido.

No dia a dia nos deparamos e reclamamos da qualidade do atendimento, da prestação de serviços, muitas vezes nos sentindo surpresos quando algo positivo acontece. Nestas circunstâncias normalmente elogiamos tal comportamento e recomendamos aquela empresa. Isto deveria ser o padrão, há uma grande inversão de valores. Na realidade o que hoje o mercado precisa é de pessoas que se sintam mais felizes e isto se reflita no resultado daquilo que fazem. A obtenção deste resultado pode advir de uma equação: fazer aquilo que gosta, gostar daquilo que faz e ver o propósito e importância de seu trabalho. Se por um lado as empresas buscam essa atitude em seus funcionários, por outro, as pessoas mesmo que aceitem um emprego somente em função da situação econômica, se sentirão muito melhor se agregarem valor a aquilo que estão se dedicando.

O trabalho realizado com prazer em função da própria atividade ou do resultado obtido, pode gerar resultados significativos e ser fonte de satisfação e felicidade.

 

Carreira e Profissão: quando não há sintonia

Carreira e Profissão quando não há sintonia 3Decidimos nosso futuro em termos profissionais na adolescência, quando escolhemos qual curso técnico ou superior iremos fazer e a qual profissão queremos nos dedicar. Fazemos isso baseados em informações de familiares, terceiros e no que pensamos ser a atuação como profissional. Neste momento ainda não temos claro o conceito do que é profissão e de que forma desenvolveremos nossa carreira. Em nossa cabeça adolescente, os dois universos se complementam, isto é, “em função da profissão que tenho, vou desenvolver minha carreira nesta área”.

Entretanto, cada vez mais se torna comum a falta de sintonia entre o curso que nos qualificou e aquilo que efetivamente fazemos no trabalho / profissionalmente. É muito comum ouvirmos dos estudantes, que não sabem porque estão cursando uma matéria em específico, pois nunca irão utilizar ou aplicar este conhecimento. Tal discrepância também pode ser observada nos pré-requisitos, em termos de formação acadêmica, solicitados pelas empresas nos processos seletivos, tanto para estágio quanto para trainees, onde já vemos uma amplitude de cursos de formação que nem sempre são condizentes com o segmento de atuação da empresa ou com as atividades a serem exercidas.

Se por um lado as empresas aproveitam os estudantes em atividades diversificadas, independentes do curso de graduação, por outro, quando converso com estudantes de penúltimo ano, vejo que faltam informações sobre como irão atuar dentro de uma empresa, quais serão suas reais possibilidades em termos de campo de trabalho, evidenciando um descompasso bastante grande entre o sonho e a realidade.

Temos que considerar ainda um outro grupo de pessoas que ingressam no mercado de trabalho e posteriormente vão cursar o nível superior. Normalmente estas pessoas necessitam custear seus estudos e acabam por escolher uma faculdade levando em consideração um dos seguintes aspectos: as atividades que já desenvolvem ou a obtenção de um diploma face a valorização que consideram que poderão ter no mercado de trabalho. Infelizmente a expansão da oferta de cursos de nível superior não teve a mesma contrapartida em termos de qualidade e acabou por gerar nos estudantes falsas expectativas. Por outro lado, com o aumento do número de profissionais com nível superior cresceu também a exigência desta formação por parte dos empregadores, mesmo sem ser necessária para o desenvolvimento da atividade.

Por isso, não me surpreendo no contato com profissionais atuantes no mercado de trabalho quando relatam que estão preocupadas com o amanhã, não porque almejam crescer e não veem perspectivas no empregador atual, mas sim porque não estão satisfeitas com os rumos que suas carreiras tomaram. O que as angustia mais é que caminho tomar e se isso será possível face a idade, necessidades financeiras, mercado de trabalho, etc.

Mudar a trajetória é uma atitude difícil, mas que pode levar a grandes recompensas, pois sua qualidade de vida pode melhorar. Sentir-se recompensado com o trabalho que desenvolve, satisfeito com o resultado obtido, bem-sucedido em seu empreendimento, tem um valor muito grande para nossa autoestima, fazendo com que este ciclo se retroalimente, motivando a continuidade do investimento naquilo que estamos fazendo. Quando experimentamos a satisfação com o resultado, esta experiência reforça o comportamento de perseverar neste sentido, então a mudança deixa de ser temerária em prol de um novo horizonte. Os riscos também existem, porém, continuar a percorrer um caminho que consideramos infrutífero traz consequências negativas tanto para nossa saúde física quanto mental.

O melhor investimento que cada um de nós pode fazer é realizar apostar naquilo que acredita. Se isto puder ser aplicado em sua vida profissional com certeza você poderá ser uma pessoa mais realizada.