A importância de ser feliz naquilo que faz

A importância de ser feliz no que fazA dissociação de vida pessoal e profissional a cada dia faz menos sentido. No cotidiano percebemos a busca por uma vida onde possamos nos sentir bem em qualquer uma de suas esferas. Se o trabalho, por um lado, é fonte de renda para a grande maioria da população, exercer uma atividade fazendo algo que gosta ou acredita é uma porta de acesso para ter prazer com esta atividade.

Quando gostamos de algo nos dedicamos e a procrastinação deixa de ter sentido. Por vezes, a atividade em si por si só não é atraente, mas o resultado que irá se obter sim. Isto é perceptível ao realizarmos trabalhos voluntários. A motivação reside em acharmos um propósito naquilo que estamos fazendo.

Muitos profissionais reclamam de seu papel na empresa pois não se sentem reconhecidos. Quando esta situação se apresenta podemos nos desmotivar, reclamar ou tentar mudá-la. A análise das alternativas possíveis é o primeiro passo e não leva necessariamente a mudança de emprego para resolver o problema.

Em um momento, em que o país clama por mudanças, independente de qual seja sua orientação política, o que estou falando se materializa. Quando estamos insatisfeitos buscamos alternativas. Podemos não gostar do cenário, mas esta consciência pode gerar uma decisão que nos leva a outras possibilidades.

Em termos profissionais isso pode se exteriorizar através de assumir novas atividades em sua função atual, ingressar em um novo projeto, iniciar um curso que agregue valor e abra novas possibilidades, se tornar empreendedor em um novo ramo de negócios, comprar uma franquia, desenvolver um projeto em paralelo de forma a construir uma nova opção, etc.

Muitas pessoas têm uma atividade principal e uma secundária, sendo que para elas a mais significativa em termos de satisfação é a segunda. Todos nós já ouvimos falar de indivíduos formados em uma área, com carreira constituída e que em um determinado momento optam por outro caminho. No mundo das celebridades exemplos não faltam neste sentido.

No dia a dia nos deparamos e reclamamos da qualidade do atendimento, da prestação de serviços, muitas vezes nos sentindo surpresos quando algo positivo acontece. Nestas circunstâncias normalmente elogiamos tal comportamento e recomendamos aquela empresa. Isto deveria ser o padrão, há uma grande inversão de valores. Na realidade o que hoje o mercado precisa é de pessoas que se sintam mais felizes e isto se reflita no resultado daquilo que fazem. A obtenção deste resultado pode advir de uma equação: fazer aquilo que gosta, gostar daquilo que faz e ver o propósito e importância de seu trabalho. Se por um lado as empresas buscam essa atitude em seus funcionários, por outro, as pessoas mesmo que aceitem um emprego somente em função da situação econômica, se sentirão muito melhor se agregarem valor a aquilo que estão se dedicando.

O trabalho realizado com prazer em função da própria atividade ou do resultado obtido, pode gerar resultados significativos e ser fonte de satisfação e felicidade.

 

Carreira e Profissão: quando não há sintonia

Carreira e Profissão quando não há sintonia 3Decidimos nosso futuro em termos profissionais na adolescência, quando escolhemos qual curso técnico ou superior iremos fazer e a qual profissão queremos nos dedicar. Fazemos isso baseados em informações de familiares, terceiros e no que pensamos ser a atuação como profissional. Neste momento ainda não temos claro o conceito do que é profissão e de que forma desenvolveremos nossa carreira. Em nossa cabeça adolescente, os dois universos se complementam, isto é, “em função da profissão que tenho, vou desenvolver minha carreira nesta área”.

Entretanto, cada vez mais se torna comum a falta de sintonia entre o curso que nos qualificou e aquilo que efetivamente fazemos no trabalho / profissionalmente. É muito comum ouvirmos dos estudantes, que não sabem porque estão cursando uma matéria em específico, pois nunca irão utilizar ou aplicar este conhecimento. Tal discrepância também pode ser observada nos pré-requisitos, em termos de formação acadêmica, solicitados pelas empresas nos processos seletivos, tanto para estágio quanto para trainees, onde já vemos uma amplitude de cursos de formação que nem sempre são condizentes com o segmento de atuação da empresa ou com as atividades a serem exercidas.

Se por um lado as empresas aproveitam os estudantes em atividades diversificadas, independentes do curso de graduação, por outro, quando converso com estudantes de penúltimo ano, vejo que faltam informações sobre como irão atuar dentro de uma empresa, quais serão suas reais possibilidades em termos de campo de trabalho, evidenciando um descompasso bastante grande entre o sonho e a realidade.

Temos que considerar ainda um outro grupo de pessoas que ingressam no mercado de trabalho e posteriormente vão cursar o nível superior. Normalmente estas pessoas necessitam custear seus estudos e acabam por escolher uma faculdade levando em consideração um dos seguintes aspectos: as atividades que já desenvolvem ou a obtenção de um diploma face a valorização que consideram que poderão ter no mercado de trabalho. Infelizmente a expansão da oferta de cursos de nível superior não teve a mesma contrapartida em termos de qualidade e acabou por gerar nos estudantes falsas expectativas. Por outro lado, com o aumento do número de profissionais com nível superior cresceu também a exigência desta formação por parte dos empregadores, mesmo sem ser necessária para o desenvolvimento da atividade.

Por isso, não me surpreendo no contato com profissionais atuantes no mercado de trabalho quando relatam que estão preocupadas com o amanhã, não porque almejam crescer e não veem perspectivas no empregador atual, mas sim porque não estão satisfeitas com os rumos que suas carreiras tomaram. O que as angustia mais é que caminho tomar e se isso será possível face a idade, necessidades financeiras, mercado de trabalho, etc.

Mudar a trajetória é uma atitude difícil, mas que pode levar a grandes recompensas, pois sua qualidade de vida pode melhorar. Sentir-se recompensado com o trabalho que desenvolve, satisfeito com o resultado obtido, bem-sucedido em seu empreendimento, tem um valor muito grande para nossa autoestima, fazendo com que este ciclo se retroalimente, motivando a continuidade do investimento naquilo que estamos fazendo. Quando experimentamos a satisfação com o resultado, esta experiência reforça o comportamento de perseverar neste sentido, então a mudança deixa de ser temerária em prol de um novo horizonte. Os riscos também existem, porém, continuar a percorrer um caminho que consideramos infrutífero traz consequências negativas tanto para nossa saúde física quanto mental.

O melhor investimento que cada um de nós pode fazer é realizar apostar naquilo que acredita. Se isto puder ser aplicado em sua vida profissional com certeza você poderá ser uma pessoa mais realizada.

 

Minha motivação para criar o site

Em um mundo cada vez mais competitivo, onde os paradigmas estão sendo alterados por fatores como mudanças de valores, cultura, política, tecnologia, etc., é natural se questionar sobre quais caminhos seguir em nossa atuação profissional.

Através da divulgação de artigos a proposta deste site é promover reflexões sobre carreira, mercado de trabalho, novas profissões, experiências internacionais, comportamento, enfim aquilo que nos circunda enquanto exercemos nossas atividades.

Para tanto, o foco não será somente no mercado corporativo, pois hoje é realidade que as carreiras não são mais lineares. Há o interesse cada vez maior em conciliar vida pessoal e profissional, onde a qualidade de ambos seja maximizada. Além disso, novas profissões surgiram e continuam surgindo que não se confinam ao ambiente de escritório ou industrial.

Meu objetivo com a criação deste espaço é compartilhar a experiência e visão de mundo que adquiri através de anos trabalhando na área de Recursos Humanos. Além disso, quero também apresentar a minha forma de trabalho no desenvolvimento das atividades de Consultoria de Carreira e Coach.